Todos os vídeos de “Abismo” estão postados no IGTV, no canal do Agrupamento Núcleo 2, de forma aleatória, com exceção do primeiro, que será fixado no topo do feed. Por meio dele, o internauta será orientado para construir a sua narrativa dentro da websérie. O projeto da websérie “Abismo” foi contemplado pelo fomento cultural do Prêmio Nelson Seixas, da Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto, onde o Núcleo 2 está sediado.
Na videoinstalação, a ambientação era composta por uma cadeira, poltrona e mesa de centro, onde espectador fazia suas escolhas pelo controle remoto de uma TV, tendo acesso a 14 vídeos criados a partir do conceito de cinema expandido. Ou seja, a narrativa era construída a partir das escolhas feitas por cada pessoa que acessava a obra.
Segundo Telles, na transposição para o universo online, toda a narrativa foi mantida, mas os textos sofreram algumas adaptações e atualizações, para dinamizar a duração de cada vídeo. Além disso, o material foi regravado e projetado na vertical, facilitando a visualização dos vídeos no Instagram. Em “Abismo”, ele também recorreu ao áudio binaural (tecnologia 3D que reproduz o ouvido humano). Assim, o uso de fones de ouvido torna a experiência fundamental para o público.
“A escolha pelo Instagram deve-se, sobretudo, por seu crescimento vertiginoso entre os usuários de mídias sociais. Por apresentar uma interface mais limpa em relação ao Facebook, a interativa se torna mais clara e eficaz”, explica o artista. “Os vídeos foram todos gravados e/ou reeditados para o formato do IGTV, na vertical e em full HD, obtendo maior controle para o recurso binaural”, completa.
“Abismo” dialoga com a necessidade cega do ser humano de fazer escolhas, alimentada, muitas vezes, pelo outro, e não por si mesmo. Sensorial, a obra contrapõe a realidade maquiada dos dias de hoje, versus a comunicação ficcional das pessoas. “A cada momento somos uma falácia maior, seja nas redes sociais ou no tête-à-tête. Uma bola de neve irracional, caminhando no sentido oposto às próprias necessidades humanas”, reflete Telles. “Até que ponto de fato temos propriedade sobre nossas decisões? A cidade dos seus olhos é a mesma dos seus pares?”, questiona.
Diálogo com o público
Durante a temporada de exibição de “Abismo” no Instagram, os internautas são estimulados a participar da Memória do Abismo, que consiste em uma ação na qual os espectadores podem enviar vídeos que dialoguem com os temas propostos pela websérie.
A ação Memória do Abismo está dividida em três categorias, e o Núcleo 2 disponibilizou regulamento e formulário de inscrição online para cada uma delas através do site www.nucleo2.com.br. O material enviado pelos internautas será avaliado pelo autor da obra, com base em critérios específicos para cada regulamento, como argumento, consistência e criatividade. Os vídeos serão editados e usados para divulgação da videoinstalação pelo período máximo de 30 dias, resultando também em um minidocumentário, a ser lançado no dia 10 de dezembro.
Serão selecionados cinco vídeos em cada categoria para o minidocumentário e os autores serão premiados com R$ 200 e R$ 300,00, dependendo da modalidade. As inscrições vão até 27 de novembro. Todos os detalhes sobre a ação podem ser obtidos nas redes sociais e também no site do Núcleo.
SERVIÇO:
Websérie interativa “Abismo”, de Jef Telles, realizada através do Prêmio Nelson Seixas 2020. A partir de 7 de novembro, no Instagram @artenucleo2. Grátis.
“Memória do Abismo”: Inscrições abertas até 27 de novembro. Regulamento e formulário de inscrição pelo www.nucleo2.com.br
SINOPSE:
“Abismo” é uma websérie interativa para Instagram, onde o próprio autor apresenta o seu confinamento a partir de experiências vividas. Utilizando uma narrativa audiovisual, aliada a um fone de ouvido, o público acompanha a história através de suas próprias escolhas.
FICHA TÉCNICA:
Concepção, direção, captação, edição e interpretação: Jef Telles
Produção: Daniela Honório
Projeto de divulgação: Jef Telles
Fonte: Assessoria de imprensa/Graziela Delalibera